No âmbito do estudo da poesia de Fernando Pessoa ortónimo, foi solicitado aos alunos que escrevessem um texto reflexivo, de autoanálise, subordinado ao título “Quem sou eu?”, pergunta que poderia estar na origem de muitos poemas analisados em aula. Seguem, então, dois dos textos produzidos.

 

Quem Sou Eu?
Eu sou tempo, tempo vivido e tempo por viver.
Hoje sou o futuro, mas um dia serei o passado.
Sou um discípulo da vida, mas um dia serei mestre.
Sou o preto e branco, num mundo às cores,
Sou um sonhador dentro do pesadelo.
Sonho com o futuro, mas desejo o passado.
Vivo perdido na indecisão sem me perder.
Encanto-me com a simplicidade e fujo das coisas fúteis.
Dou valor ao que poucos dão e desprezo o que todos querem.
Sou o nada no meio de tudo e sou o tudo no meio do nada,
Sou livre sem ter nada e sou refém quando tenho tudo,
Sou a companhia da minha solidão, sem nunca estar só,
Sou a diferença no meio da igualdade,
Sou a liderança sem mandar,
Sou o pilar do pilar que me segura,
Sou uma história por acabar.

                         Rúben Sardinha, 12º1

Sou uma pessoa feliz,
Brincalhona, amigável,
Outra parte de mim é
Desconfiada, triste e desagradável.

Sonho em ser o melhor jogador
De futsal 
E Tento adquirir habilidade
Para tal.

Quantas vezes errei
Eu não sei de cor.
Pelo menos procuro,
Em cada dia,
Não me tornar alguém pior.

Sinto-me uma pessoa corajosa,
Sem medo de enfrentar,
Consideram-me uma 
Pessoa perigosa?
Não tenho é medo de algo que me possa magoar!

Sofri com várias paixões,
Mas, como qualquer pessoa,
Possuo imperfeições.

Sinto saudades de pessoas que conheci,
Lembranças que esqueci,
Amigos que perdi,
Mas isso tudo não passa de
Experiências de vida que vivi.

Sempre sonhei em viajar,
Até hoje não consegui,
Espero um dia realizar
Um sonho que ainda não decidi.

                  Mário Mota, 12º1