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No dia 28 de novembro, os alunos do 9.º ano das turmas A e B assistiram à representação do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, no Mosteiro dos Jerónimos.

Após uma curta visita aos Pastéis de Belém chegaram ao Mosteiro dos Jerónimos curiosos com a arquitetura e a história do Mosteiro, os alunos aguardaram ansiosamente pelo início do espetáculo. De repente, foram surpreendidos por um arauto da época vicentina a chamá-los para um passeio cultural pelos claustros.
A peça inicou-se, num ambiente informal, com as barcas, em escadotes, e os atores a representarem no meio dos alunos, interagindo com eles e arrancando-lhes muitos sorrisos e até gargalhadas.
Este clássico de Gil Vicente pela companhia Ar de Filmes, tem como encenador António Pires que aproveita a crítica mordaz, inteligente e intemporal para criar um espetáculo onde a proximidade com o público e a sociedade atual nos obriga a refletir sobre a nossa condição de "tipos". A forma de representar e a música contemporânea, sob a forma de rap ou rock, relacionam-se com a forma como os jovens se comportam hoje em dia, os seus grupos e os seus tipos, para que se crie uma maior empatia e identificação junto do público escolar, ao qual é maioritariamente dirigido o espetáculo. Do jogo entre os atores resulta um espetáculo divertido, com ritmo e ação, sem nunca descurar o lado pedagógico inerente ao projeto. O texto é representado na íntegra.
“Foi muito giro!”  foi o comentário final mais ouvido.